quinta-feira, maio 25, 2006

Opus Dei: Submeter a Carne



Esta é uma ténue imagem de uma organização religiosa que vive à sombra e à custa da Igreja Católica Romana, e que tenta, a todo o custo, conquistar o poder.No final do século XX, quando o homem se esforça por alcançar cada vez mais bem estar, quando a ciência progride cada vez mais ao serviço desse bem estar, quando se consegue aumentar a esperança de vida, quando o homem caminha mais e mais para a personalização do indivíduo e para um maior acesso e democratização da cultura, quando o homem, enfim, defende a tolerância e a liberdade do indivíduo, existe uma organização que apela à penitência e à mortificação, exalta a dor humana, pratica a censura cultural, defende o escamoteamento de factos científicos (quando praticados ou defendidos por alguém contrário à sua doutrina) que, enfim, pretende dos seus elementos uma obediência cega e faz a apologia da despersonalização do indivíduo; quando esta instituição é tolerada e se mantém paulatinamente numa sociedade europeia com um elevado nível civilizacional, algo não está bem.O paradoxo é demasiado.

João Pedro Ferro, in "Rebeldia", nº 2, Grémio Rebeldia, Lisboa, Maio 1988
O que é e como funciona a Opus Dei:
Trabalhos: Opus Dei



Time de 24.Abri.2006


Excerto da entrevista à revista Época brasileira:
ÉPOCA - Usavam o cilício?
Lauand - Todos usavam, não só eu. Duas horas por dia. E as disciplinas, autoflagelação, uma vez por semana enquanto dura uma oração, por exemplo, uma salve-rainha. Dá algumas dezenas de chicotadas nas nádegas. Isso é visto como uma grande manifestação de amor a Deus. Tem o sentido da penitência. A primeira coisa que eu fiz quando saí foi jogar o cilício fora.
Silva - Parece uma coleira de cachorro com pontas de ferro que penetram na carne. Você encaixa e faz pressão na perna. É significativo, porque mostra o grau de controle mental que a instituição consegue sobre o indivíduo.
A mais brutal forma de manipulação humana
O livro 1984, de George Orwell, que descreve o controle e a manipulação sobre um grupo de indivíduos despersonalizados e sem idéias próprias, é uma parábola que se adapta perfeitamente à realidade do Opus Dei, segundo os autores do livro "Opus Dei, os bastidores", lançado o ano passado. Veja informações sobre o livro e depoimentos de dissidentes da Opus Dei no site:

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